Política

Marcelo não quer falar sobre a tensão na Ucrânia. “Não me vou pronunciar sobre essa matéria”, garante o Presidente da República

Domingos Santos
Domingos Santos

Questionado sobre se aconselha os portugueses na Ucrânia a deixarem o país, o chefe de Estado não aconselhar “coisa nenhuma sobre essa matéria”. MNE já desaconselhou viagens não essenciais

O Presidente da República afirmou este sábado que prefere não se pronunciar sobre a atual situação de tensão na Ucrânia. Questionado em Paris sobre a notícia de que os Estados Unidos da América consideram expectável que a Rússia inicie um ataque à Ucrânia dentro de dias, Marcelo Rebelo de Sousa foi taxativo: “Não me vou pronunciar sobre essa matéria”.

“É uma matéria em que eu tenho a posição que é não me pronunciar sobre ela, mesmo em Portugal. Porque são questões muito sensíveis. Vejam que não encontram chefes de Estado ou chefes de Governo a fazerem declarações públicas sobre essas matérias, fora de um quadro muito específico, que não é aquele que justifica que eu me pronuncie neste momento”, acrescentou.

Interrogado se aconselha os portugueses que estão na Ucrânia a deixarem o país, o chefe de Estado disse: “Eu não aconselho coisa nenhuma sobre essa matéria”. Perante a insistência para que comentasse a atual situação na Ucrânia, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou a sua opção de não falar em público deste tema: “Já perceberam que eu tenho resistido a pronunciar-me sobre a matéria e estou a resistir a pronunciar-me sobre a matéria, o que quer dizer que entendo que não me devo pronunciar sobre ela”.

MNE desaconselha viagens não essenciais

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) aconselha que os cidadãos portugueses evitem deslocações não essenciais e que os emigrantes saiam “temporariamente” da Ucrânia, perante a escalada da tensão no país. “Recomendamos vivamente que nenhum português que não precise de se deslocar à Ucrânia agora por razões estritamente indispensáveis e essenciais que não o faça”, afirmou o ministro Augusto Santos Silva, em declarações aos jornalistas, em Paris.

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