Francisco Rodrigues dos Santos considera que António Costa “agiu tarde” na decisão de afastar Eduardo Cabrita do Ministério da Administração Interna. Para o líder do CDS, a demissão já deveria ter acontecido há algum tempo de forma a impedir o então ministro “de acumular escândalos, casos e casinhos durante o exercício das suas funções”.
“Desqualificaram o Governo de Portugal e humilharam o ministro Eduardo Cabrita perante os portugueses”, disse este sábado Rodrigues dos Santos em declarações à RTP3, considerando ainda que o PS “tem de decidir de uma vez por todas” se quer “continuar a empurrar os problemas com a barriga por opção de imunidade e de amiguismo”. “Eduardo Cabrita pertence a um círculo muito próximo de amigos de António Costa e do Partido Socialista, que se julgam donos do Estado e donos do país. Só isso justificou que o primeiro-ministro até hoje não tivesse tomado medidas mais duras.”
Questionado sobre se foi contactado por Rui Rio, líder do PSD, para uma eventual coligação nas legislativas de 30 de janeiro, Rodrigues dos Santos recusou responder. “Isso não posso dizer”, respondeu. E acrescentou: “Estamos convencidos de que nas eleições de 30 de janeiro teremos uma solução de centro-direita que vai dar um novo primeiro-ministro ao país”. E disse que o CDS está “empenhado” numa solução que passe pela “rutura e libertação de Portugal do socialismo”.
Eduardo Cabrita demitiu-se esta sexta-feira do cargo de ministro da Administração Interna, tendo sido substituído pela ministra Francisca Van Dunem, que vai acumular o cargos com a pasta da Justiça até à tomada de posse de um novo Governo.
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