Nuno Morais Sarmento não dá como certa a recandidatura de Rui Rio a presidente do PSD nas eleições internas de janeiro próximo. "Não tenho como certa nem a candidatura de Paulo Rangel nem a recandidatura de Rui Rio", afirmou esta sexta-feira à noite no programa Expresso da Meia-Noite, da SIC Notícias.
"Ao contrário dos que têm tantas certezas, eu não tenho e sou vice-presidente do partido", respondeu Sarmento, destacando o facto de "ele nunca o ter querido dizer até agora".
"Rui Rio, ao contrário da contabilidade que normalmente se faz de ganhos e perdas, está a esta hora a pensar se tem utilidade para o país o seu exercício de oposição nestes dois anos", desenvolveu o vice-presidente do partido, para concluir que "se ele achar que não tem é indiferente ter ganho ou perdido, ele vai-se embora".
Embora considerando que Rio "tem toda a legitimidade para se recandidatar" e que a vitória em Lisboa nas autárquicas de domingo "é uma vitória de Carlos Moedas" mas não só, porque "Moedas é um candidato escolhido por um presidente do partido que se chama Rui Rio" e "Rui Rio ganhou", Nuno Morais Sarmento coloca a reeleição do atual presidente do partido em suspenso. E condicionada a uma avaliação da forma como Rio exerceu a oposição até aqui.
Divergindo frontalmente do seu colega na Comissão Permanente do PSD David Justino, que considerou que uma eventual candidatura de Paulo Rangel seria "uma deslealdade", Sarmento diz que se Rangel for a jogo "não comete nada de errado, muito menos será traiçoeiro". "Eu não tenho essa leitura", assumiu, dando assim élan a uma disputa pelo lugar de Rio.
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