Ainda que a situação piore, Costa não tem previsto regresso a um quadro de medidas mais duras — só pontuais, como a circulação restrita a partir das 23h. PR quer rede hospitalar preparada para o verão, mais vacinação, testagem e rastreamento
Diretor-adjunto
O Governo apresentou ontem o novo quadro de evolução da pandemia e não traçou um cenário bom: “O país já esteve no verde, no amarelo e agora vemos que está no vermelho”, disse Mariana Vieira da Silva, anotando os números: já são 19 os concelhos na situação mais grave, com duas semanas seguidas acima dos 240 casos por 100 mil habitantes (eram três há uma semana); são já 26 os que estão há duas semanas em alerta, acima dos 120 casos por 100 mil (eram 14). E como “a pandemia não está controlada”, disse a ministra da Presidência, o Governo decidiu impor a todos estes 45 concelhos do país uma medida não prevista, mas nada nova: limitar a circulação na via pública das 23h às 5h da manhã.
A verdade é que, pela evolução dos dados (o país voltou a subir a fasquia dos 2000 casos diários) os especialistas ainda nem veem o pico desta quarta vaga à frente, estimando que a situação possa piorar pelo menos por julho fora. Mas o Governo não tem previstas medidas restritivas adicionais, mesmo nos concelhos onde a situação é mais grave — como em Lisboa, apurou o Expresso junto do núcleo político de António Costa.
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