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Defesa responde ao ‘Grupo dos 28’ ex-chefes com um estudo: “Todos os países fizeram estas reformas”

Defesa responde ao ‘Grupo dos 28’ ex-chefes com um estudo: “Todos os países fizeram estas reformas”
RUI MINDERICO

Bruno Cardoso Reis, académico, investigador do Instituto da Defesa Nacional – mas também assessor do ministro da Defesa – publicou um estudo a demonstrar que a maioria dos países da NATO tem estruturas de comando superior das Forças Armadas como as que o Governo quer implementar em Portugal – e cuja reforma está a provocar um levantamento entre as antigas chefias. Em muitos casos, as reformas foram bem para lá do que PS e PSD querem aprovar. Saiba qual é o modelo de cada país

Defesa responde ao ‘Grupo dos 28’ ex-chefes com um estudo: “Todos os países fizeram estas reformas”

Hélder Gomes

Jornalista

Defesa responde ao ‘Grupo dos 28’ ex-chefes com um estudo: “Todos os países fizeram estas reformas”

Vítor Matos

Jornalista

Esta é a resposta do Governo, a horas de o assunto ser discutido no plenário. O facto de não terem sido revelados estudos justificativos foi um dos argumentos do Grupo dos 28 ex-chefes militares encabeçados pelo ex-Presidente Ramalho Eanes contra a reforma do comando superior das Forças Armadas que será debatida e votada esta terça-feira na Assembleia da República. Mas o Governo já tinha em marcha um relatório desde que, em março, um grupo de oficiais-generais fez chegar um documento com 30 páginas ao Presidente da República a contestar a reforma. O estudo, da autoria de Bruno Cardoso Reis, académico e assessor do ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, está na página do Instituto da Defesa Nacional (IDN) desde sexta-feira, o dia em que o Expresso divulgou a carta assinada por todos os antigos chefes do Estado-Maior (menos um), em que recomendavam uma pausa para reflexão, participada pela sociedade civil, universidades e especialistas.

O estudo, intitulado Direção e Comando Superior das Forças Armadas na Europa do Século XXI uma análise histórica e comparativa, conclui que nos outros países europeus da NATO, o chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) ou o seu correspondente, o Chief of Defense (CHOD), que tem ainda mais poderes centraliza as estruturas de comando, num modelo em tudo semelhante ao que se quer fazer em Portugal, ou de forma ainda mais acentuada.

“Todos os países da faixa euro-atlântica fizeram reformas deste tipo”, aponta Bruno Cardoso Reis ao Expresso. “E mesmo em países do Leste, como a República Checa ou a Hungria, até muito recentemente, nos últimos dois anos, houve reformas no sentido precisamente de criar uma estrutura que reforça muito o poder de quem está no topo da hierarquia militar e esta dimensão do comando conjunto”, acrescenta.

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