Política

Retirada de militares portugueses do Afeganistão conclui “prolongado contributo na luta contra o terrorismo”

Retirada de militares portugueses do Afeganistão conclui “prolongado contributo na luta contra o terrorismo”
Joe Raedle

Os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros reuniram-se com os homólogos da NATO após o anúncio do Presidente dos EUA de retirada dos militares americanos a partir de 1 de maio. Portugal participa desde 2002 no esforço da Aliança Atlântica no Afeganistão, tendo destacado mais de 4.500 militares

Retirada de militares portugueses do Afeganistão conclui “prolongado contributo na luta contra o terrorismo”

Hélder Gomes

Jornalista

Os militares portugueses no Afeganistão concluem a partir de 1 de maio “um importante e prolongado contributo na luta contra o terrorismo”, divulgaram os Ministérios da Defesa Nacional e dos Negócios Estrangeiros em comunicado conjunto. Na sequência do anúncio da decisão do Presidente dos EUA, Joe Biden, de retirada de todos os militares americanos no Afeganistão a partir daquela data, os ministros João Gomes Cravinho e Augusto Santos Silva participaram esta quarta-feira numa reunião extraordinária com os homólogos da NATO.

Nesta reunião do Conselho do Atlântico Norte ficou decidida a retirada do Afeganistão das forças da Missão Resolute Support a partir do primeiro dia do próximo mês. Trata-se de uma missão multinacional de treino, assessoria e assistência às forças de segurança afegãs, iniciada em 2015. Horas antes, Biden afirmara que está na altura de “encerrar a mais longa guerra dos EUA”, apontando para o 20.º aniversário dos ataques de 11 de setembro como a data em que todos os militares americanos presentes no Afeganistão estarão de regresso “a casa”.

Antes do início daquela missão, Portugal participa desde 2002 no esforço da Aliança Atlântica naquele país, tendo destacado mais de 4.500 militares nacionais. Segundo a nota conjunta, registaram-se no Afeganistão “importantes progressos em termos de estabilidade e segurança e de desenvolvimento social”. Nesses progressos incluem-se, “em particular”, os direitos das mulheres e o acesso das raparigas à educação.

De forma coordenada com os aliados, Portugal ajustará o dimensionamento da sua participação, prossegue a nota. As autoridades nacionais decidiram manter a presença da Força de Reação Rápida na proteção do Aeroporto Internacional em Cabul, até ao final de maio, e continuar a contribuir com elementos de estado-maior nas estruturas de comando da missão até ao final da Resolute Support. Além disso, Portugal continuará a contribuir anualmente para o fundo de apoio ao Exercito Nacional Afegão até 2024.

O comunicado conclui que Portugal mantém o seu compromisso com os esforços da comunidade internacional no combate ao terrorismo “em todas as suas formas e manifestações”. São disso exemplo os contributos nacionais do Médio Oriente ao Sahel, do Corno de África a Moçambique, remata a nota.

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