Política

Ventura critica PSD, mas também prefere autárquicas sem estado de emergência

Ventura critica PSD, mas também prefere autárquicas sem estado de emergência
José Fernandes

Líder do Chega considera que será importante garantir que as eleições autárquicas serão realizadas fora do estado de emergência, mas nesta altura é prematuro adiantar uma data

Ventura critica PSD, mas também prefere autárquicas sem estado de emergência

Liliana Coelho

Jornalista

André Ventura admite uma eventual alteração da data das próximas eleições autárquicas, previstas para setembro ou outubro, mas critica a proposta do PSD que sugere que se adie o sufrágio por dois meses.

"Não nos opomos ao adiamento das autárquicas, o que perguntamos é qual é o estudo que mostra que em dezembro vamos estar numa situação melhor do que em setembro/outubro", afirmou o líder do Chega em declarações aos jornalistas nos Passos Perdidos, no Parlamento.

Segundo André Ventura, será importante garantir que as eleições autárquicas serão realizadas fora do estado de emergência, mas nesta altura considera prematuro adiantar uma previsão. "Vamos ouvir os especialistas, olhar para os níveis de infeção e criar um mecanismo legal que permita adiar as eleições, caso os níveis estejam muito elevados – números de pessoas em cuidados intensivos, de mortes, infeções por milhar de habitantes. Por que não março ou maio? Quando não haja pandemia", questionou.

O deputado do Chega teceu duras críticas à proposta dos sociais-democratas, conhecida esta sexta-feira, acusando o partido de se estar a "afundar" porque não consegue fazer oposição ao Governo. "Deixar-me-ia satisfeito se sentisse que o espaço da direita está a crescer, mas não, porque o PSD não consegue ser oposição. Rui Rio ouve o PS dizer uma coisa e vai para trás do PS e diz que é um dever patriótico. Alguém explique a Rui Rio que fazer oposição também é um dever patriótico, pela democracia e pelos cidadãos", atirou.

O projeto de lei do PSD, que foi entregue esta sexta-feira no Parlamento, propõe o adiamento do ato eleitoral por 60 dias, antes do Natal. O partido alega que não há garantia de que no início de setembro 70% da população esteja vacinada contra a covid-19 e que uma nova campanha eleitoral limitada só iria "beneficiar quem está no poder".

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