Primeiro-ministro e Presidente da República falaram ao país na véspera de ser prolongado o estado de emergência. Costa foi mais pessimista e Marcelo avisou para não contarem com crises políticas, por "mais sedutoras"
Ao 11.º estado de emergência, a sintonia entre Marcelo e Costa começou a dar de si. O primeiro-ministro, a quem o Presidente da República costuma chamar “otimista irritante”, surgiu mais pessimista e cauteloso do que nunca. E ignorou (pelo menos para já) o pedido de previsibilidade que o Presidente lhe fizera na véspera no que toca ao desconfinamento, nomeadamente nas escolas. “Sem esperança, o dia a dia de sacrifício perde sentido”, respondeu-lhe pouco depois Marcelo Rebelo de Sousa na comunicação oficial que fez ao país. Em que insistiu que “estas semanas são para se ir estudando como é que depois da Páscoa se evitará que uma nova abertura seja um novo intervalo entre duas vagas”.
Com sérios avisos de que não poderão contar com ele para “crises políticas por muito sedutoras” ou governos de salvação nacional, o Presidente deixou claro que compete ao atual Executivo gerir a crise. E deixou pistas: “Temos de sair da primavera sem um verão e um outono ameaçados” e, para isso, é preciso “melhor rastreio e sobretudo mais operacionais”, e vencer o desafio “da vacinação possível”. São as peças-chave, afirmou Marcelo.
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