Contagem de espingardas é dificultada por inerências, demissões e método de votação. Conselho Nacional de sábado pode ser só a primeira batalha
Se Francisco Rodrigues dos Santos foi desafiado e leva a votos uma moção de confiança, ninguém no partido tem certezas sobre a pergunta que se impõe: quem ganha no Conselho Nacional (CN) deste sábado? E nem sequer é seguro que o conflito termine já este fim de semana. A horas do primeiro confronto aberto, os centristas fazem como Paulo Portas gostava de fazer: contar as dúvidas usando os dedos.
Primeiro: as duas fações estão com dificuldades em contar espingardas, embora se inclinem para a vitória de Rodrigues dos Santos. Segundo: com um cenário favorável para o líder atual — no “clima controlado” do CN —, os apoiantes de Adolfo Mesquita Nunes sobem a fasquia e defendem que Rodrigues dos Santos só conseguirá provar uma liderança segura com um resultado “esmagador”. Terceiro: a perspetiva de um congresso extraordinário para disputar a liderança junto dos militantes de base não está enterrada — se a direção a afastar, os apoiantes de Adolfo falam num “veto de secretaria” e insistem em levar a disputa a congresso. O próprio não tem mencionado essa hipótese, mas junto dos seus apoiantes admite-se que, se Rodrigues dos Santos não conseguir o tal resultado clarificador este sábado, a recolha de assinaturas para forçar um conclave extraordinário possa arrancar.
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