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Política

CDS. Rodrigues dos Santos na frente, mas tropas de Adolfo sobem fasquia

CDS. Rodrigues dos Santos na frente, mas tropas de Adolfo sobem fasquia
RUI DUARTE SILVA

Contagem de espingardas é dificultada por inerências, demissões e método de votação. Conselho Nacional de sábado pode ser só a primeira batalha

Se Francisco Rodrigues dos Santos foi desafiado e leva a votos uma moção de confiança, ninguém no partido tem certezas sobre a pergunta que se impõe: quem ganha no Conselho Nacional (CN) deste sábado? E nem sequer é seguro que o conflito termine já este fim de semana. A horas do primeiro confronto aberto, os centristas fazem como Paulo Portas gostava de fazer: contar as dúvidas usando os dedos.

Primeiro: as duas fações estão com dificuldades em contar espingardas, embora se inclinem para a vitória de Rodrigues dos Santos. Segundo: com um cenário favorável para o líder atual — no “clima controlado” do CN —, os apoiantes de Adolfo Mesquita Nunes sobem a fasquia e defendem que Rodrigues dos Santos só conseguirá provar uma liderança segura com um resultado “esmagador”. Terceiro: a perspetiva de um congresso extraordinário para disputar a liderança junto dos militantes de base não está enterrada — se a direção a afastar, os apoiantes de Adolfo falam num “veto de secretaria” e insistem em levar a disputa a congresso. O próprio não tem mencionado essa hipótese, mas junto dos seus apoiantes admite-se que, se Rodrigues dos Santos não conseguir o tal resultado clarificador este sábado, a recolha de assinaturas para forçar um conclave extraordinário possa arrancar.

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