Política

João Ferreira cancela almoços, jantares e arruadas e “revê” campanha

João Ferreira cancela almoços, jantares e arruadas e “revê” campanha
Tiago Miranda

Com medidas mais apertadas e um confinamento geral em cima da mesa, campanha do candidato comunista está a adaptar a sua agenda, apesar de continuar a prever a realização de um comício em Alpiarça

Com os números da pandemia a atingirem novos máximos e a hipótese de um novo confinamento geral a ser admitida pelo primeiro-ministro, já há alterações a ser feitas na agenda dos candidatos presidenciais. Esta quinta-feira, a candidatura de João Ferreira, apoiado pelo PCP, emitiu um comunicado em que revela que está a rever a programação da campanha e que irá cancelar almoços, jantares, arruadas e desfiles.

Isto significa uma alteração dos planos mais imediatos de João Ferreira: como revela a organização, havia iniciativas de maior envergadura em “fase adiantada de preparação” para os próximos dias, em Silves e no Porto, e que passam a acontecer mais cedo (tendo em conta as horas do recolher) e ficam limitadas, em termos de participantes, a metade daquilo que se previa. Apesar disto, João Ferreira vai estar num comício que faz parte da sua agenda para esta quinta-feira à noite, em Alpiarça, confirmou a assessoria do candidato comunista ao Expresso.

Durante o debate em que defrontou o liberal Tiago Mayan Gonçalves, esta quarta-feira, João Ferreira já tinha garantido que o tipo de iniciativas estaria a ser alterado e adaptado ao contexto pandémico. Neste comunicado, a candidatura garante que o “esclarecimento e participação” têm ficado garantidos, tendo em conta “as circunstâncias de saúde pública e epidemiológica” e introduzindo as “alterações de agenda correspondentes” a cada momento.

É nesse contexto que a campanha está agora em processo de “revisão”, embora mantendo as iniciativas de “esclarecimento cujas características e organização permitam assegurar todas as condições de protecção sanitárias, nomeadamente sessões públicas”. A três dias do arranque oficial da campanha para as eleições de 24 de janeiro, já é certo que os candidatos partirão para a estrada em estado de emergência - o que, não limitando legalmente as atividades políticas, obriga a pensar em formas diferentes de chegar ao eleitorado.

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