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PSD e CDS põem Ventura no arco do poder

José Manuel Bolieiro
José Manuel Bolieiro
EDUARDO COSTA /LUSA

Líder do Chega montou uma armadilha para condicionar a 'geringonça' de direita, mas José Manuel Bolieiro segurou a maioria em cima da hora

Quando entrar hoje no Solar da Madre de Deus, em Angra do Heroísmo, para ser ouvido pelo representante da República nos Açores, José Manuel Bolieiro levará debaixo do braço uma alternativa de governo para a região. Durante as duas últimas semanas, o presidente do PSD no arquipélago cozinhou diferentes acordos para apear Vasco Cordeiro (que ganhou as eleições) e, em silêncio, foi gerindo os estados de alma locais e as pressões que lhe chegavam de Lisboa.

Com CDS e PPM “amarrados” a um executivo que mimetizará a antiga Aliança Democrática (AD) e com os apoios parlamentares da Iniciativa Liberal e do PAN praticamente assegurados, o Chega foi sempre a grande incógnita da equação. André Ventura ainda ameaçou chumbar a ‘geringonça’ de direita, mas acabou por cair na armadilha que montou. O entendimento, anunciado ontem, in extremis, pelo próprio Chega, foi apenas uma forma de salvar a face, dado que um dos deputados eleitos para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores estava prestes a desertar, contaram ao Expresso várias fontes conhecedoras das negociações.

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