Ventura desvaloriza ameaças racistas: “Quando são estes coitadinhos, toda a gente chora e grita”

Jornalista
André Ventura distancia-se da manifestação que ocorreu no sábado junto à sede da SOS Racismo, em Lisboa, mas desvaloriza as ameaças racistas de que dez deputados e ativistas foram alvo por parte “Nova Ordem de Avis - Resistência Nacional”.
"Quando o André Ventura e o Chega são ameaçados (que acontece a toda a hora) ninguém fica alarmado. Quando são estes coitadinhos, toda a gente chora e grita. Miserável país!", escreveu o deputado do Chega no Twitter.
Em causa está um email enviado para Beatriz Gomes, Danilo Moreira, Joacine Katar Moreira, Mamadou Ba, Jonathan Costa, Rita Osório, Vasco Santos, Luís Lisboa, Melissa Rodrigues e Mariana Mortágua, em que a Resistência Nacional faz ameaças diretas a este grupo de deputados e ativistas e aos seus familiares. O mail refere que agosto será "o mês do reerguer nacionalista" em que será garantida a "segurança do povo português".
Confrontado pelo Expresso sobre a manifestação que decorreu no sábado, junto à sede da SOS Racismo, em Lisboa, descrita como “parada Ku Klux Klan”, André Ventura condena e distancia-se do evento.
"Tudo o que sejam simbologias ou coreografias que remetem para movimentos de caráter rácico e de supremacia branca afastamo-nos e negamos. Nem quero saber quem são os participantes", diz o líder do Chega.
Ventura insiste, contudo, na ideia de que não existe racismo estrutural no país, sendo Portugal na sua opinião um país "tolerante e inclusivo" que regista apenas episódios de racismo. "Não temos dúvida de que Portugal não é racista e de que são necessários direitos e deveres iguais para todos. Ninguém está acima da lei", conclui.
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