Política

Depois de Trump e Bolsonaro, Ventura ameaça também migrar para a rede social Parler

Depois de Trump e Bolsonaro, Ventura ameaça também migrar para a rede social Parler
ANTÓNIO COTRIM

Líder do Chega já aderiu à rede social “sem censura”, que tem captado políticos conservadores e de extrema-direita. E ameaça desistir do Twitter e transferir os seus posts para a nova plataforma

Depois de Trump e Bolsonaro, Ventura ameaça também migrar para a rede social Parler

Liliana Coelho

Jornalista

Não são novas as críticas de André Ventura ao Twitter, à semelhança dos Presidentes dos EUA e do Brasil, que se queixam de publicações bloqueadas ou sinalizadas. Mas, agora, o líder do Chega admite apostar mais noutra rede social: Parler, que já conquistou Donald Trump e Jair Bolsonaro.

"Se a censura continuar ou aumentar, já temos alternativa: Parler! Ou passa a haver igualdade no tratamento entre forças políticas, ou a transferência será certa!", escreveu André Ventura esta quarta-feira no Twitter.

A publicação é acompanhada por uma imagem que mostra que o deputado já tem uma conta nesta rede social, onde teoricamente é mais difícil censurar discursos de ódio e que, por isso, tem conquistado políticos conservadores e de extrema-direita.

Criada em 2018, o Parler tem registado um crescente número de utilizadores que se queixam de censura no Twitter, nomeadamente os filhos de Donald Trump e de Jair Bolsonaro. A maioria diz-se agradada pela "maior liberdade de expressão" e menos censura, depois de terem visto vários dos seus posts apagados ou bloqueados devido a desinformação, fake news ou discursos de ódio.

Foi há um mês que Ventura prometeu que se o Chega vencesse as próximas eleições, o Twitter deixaria de ser "a bandalheira que é, pelo menos em Portugal", garantindo que quem "ofender polícias, magistrados ou guardas prisionais vai dar mesmo prisão".

Apesar do aviso, o líder do Chega recusa que o seu objetivo seja censurar aquela rede social, invocando a necessidade de igualdade no tratamento dos posts."O que existe hoje é que as publicações de ódio aos polícias e magistrados são intocáveis, mas quando se diz que foram ciganos que mataram um negro no Seixal , as publicações são apagadas ou bloqueadas", acusou.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: lpcoelho@expresso.impresa.pt

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