Política

Ventura quer reuniões no Infarmed até ao fim do ano com peritos aprovados pelo Parlamento

Ventura quer reuniões no Infarmed até ao fim do ano com peritos aprovados pelo Parlamento
JOÃO RELVAS

O deputado do Chega recomenda que o Governo designe um “conjunto de cinco especialistas, de reconhecida idoneidade” e que proponha essa lista à Assembleia da República para aprovação

Ventura quer reuniões no Infarmed até ao fim do ano com peritos aprovados pelo Parlamento

Liliana Coelho

Jornalista

Depois do PAN também o Chega apresentou esta quinta-feira no Parlamento um projeto de resolução, no qual recomenda a continuidade das reuniões no Infarmed para discutir a situação da Covid-19 no país.

André Ventura propõe que os encontros entre líderes partidários e especialistas em saúde pública decorram pelo menos até ao final do ano, com peritos escolhidos pelo Governo e aprovados pelo Parlamento

O deputado recomenda ao Executivo que indique um "conjunto de cinco especialistas, de reconhecida idoneidade" e que proponha à Assembleia da República para aprovação "os nomes e curriculum dos especialistas acima designados, segundo critérios de independência, objetividade e mérito científico".

Segundo Ventura, é fundamental a "definição de especialistas efetivamente independentes" para a organização e gestão destes encontros com os especialistas, sublinhando que não podem ser convertidos em sessões de "propaganda governamental".

No documento, o líder do Chega volta a criticar a falta de comunicação com os restantes partidos parlamentares, que ficaram surpreendidos com o fim imediato das reuniões no Infarmed, considerando que a decisão do Governo está no limite de uma "grotesca falta de respeito institucional" e levanta "sérias e profundas questões de informação e transparência" no atual contexto da pandemia.

O fim das reuniões no Infarmed apanhou todos os partidos de surpresa na quarta-feira no final da 10ª sessão, quando o Presidente da República anunciou aos jornalistas o "fim de um ciclo". Entretanto, a polémica levantada levou o primeiro-ministro a esclarecer que as reuniões com os especialistas deveriam ser agendadas "quando se justificar".

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