Política

Covid-19: CDS-PP não vê razões para cancelamento das reuniões no Infarmed

Covid-19: CDS-PP não vê razões para cancelamento das reuniões no Infarmed
CARLOS BARROSO

Em Miranda do Corvo, no distrito de Coimbra, Francisco Rodrigues dos Santos salientou que aquelas reuniões "são fundamentais para elevar os níveis de escrutínio à ação do Governo"

O presidente do CDS-PP disse hoje não ver qualquer razão para que as reuniões regulares com epidemiologistas sobre a pandemia de covid-19 sejam canceladas.

Em Miranda do Corvo, no distrito de Coimbra, Francisco Rodrigues dos Santos salientou que aquelas reuniões "são fundamentais para elevar os níveis de escrutínio à ação do Governo e para os partidos da oposição poderem fiscalizar o mérito das soluções que o Governo vai encontrando do ponto de vista político para fazer face à pandemia".

"Lá, temos acesso a informação fidedigna vinda de especialistas, que é despoluída do ponto de vista político, e que permite dotar quem tem responsabilidades políticas de pareceres técnicos, médicos e académicos que permitam optar pelas melhores opções de governação e de saúde pública", sublinhou.

O líder centrista considera que "coartar a oposição destas ferramentas é contribuir também para que a democracia fique manca e que as decisões tomadas ao nível da saúde pública e da segurança dos cidadãos sejam opacas".

Francisco Rodrigues dos Santos falava no final de uma visita ao Hospital Compaixão, propriedade da Fundação Assistência para o Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP) de Miranda do Corvo, que se encontra concluído e equipado há mais de uma ano, mas que ainda não entrou em funcionamento por falta de acordos de cooperação com o Ministério da Saúde.

O primeiro-ministro afirmou hoje que as reuniões com epidemiologistas no Infarmed, em Lisboa, vão continuar, mas não foi marcada a seguinte porque a situação pandémica no país está estabilizada e não há informação relevante nova para partilhar.

Esta explicação foi transmitida por António Costa final de uma reunião com a presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares, em que também estiveram presentes a ministra da Saúde, Marta Temido, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, que é também o coordenador do Governo para a região de Lisboa e Vale do Tejo para o combate à covid-19.

Questionado pelos jornalistas se vão acabar as reuniões no Infarmed, onde participam o Presidente da República e representantes de partidos, entre outras entidades, para partilha de informação sobre a evolução da covid-19 em Portugal, o primeiro-ministro negou o fim dessas reuniões e admitiu que uma nova possa ter lugar até ao final deste mês.

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