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De matéria “da justiça” a “originalidade da narrativa”. Como o discurso de Costa sobre Tancos mudou

De matéria “da justiça” a “originalidade da narrativa”. Como o discurso de Costa sobre Tancos mudou
Foto Paulo Cunha/ Lusa

António Costa mudou de opinião sobre o caso de Tancos? No domingo à noite, o primeiro-ministro ironizou ao dizer que “o crime verdadeiramente grave foi recuperar as armas”. No ano passado, o processo que envolve o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes era uma questão de “justiça”, “matéria lateral” que não estava “nas prioridades da generalidade dos portugueses” e à qual não lhe competia fazer “julgamentos”

De matéria “da justiça” a “originalidade da narrativa”. Como o discurso de Costa sobre Tancos mudou

Fábio Monteiro

Jornalista

António Costa fugiu ao guião – o que não é hábito. Nos últimos dois anos, o primeiro-ministro nunca intercedeu explicitamente por Azeredo Lopes, ex-ministro da Defesa, alegando que era necessário deixar “à justiça o que é da justiça”, mas no domingo à noite, no programa “Isto é Gozar com quem Trabalha”, Costa lançou – em registo humorístico – farpas ao processo de Tancos que seguiu, na semana passada, para julgamento.

Ricardo Araújo Pereira perguntou: “Como é que o senhor se sentiu quando a encenação do Azeredo Lopes foi premiada pela acusação do Ministério Público?” O primeiro-ministro, entre risos, garantiu que era “uma felicidade” a peça subir “agora ao grande palco”. Leia-se: ir a julgamento.

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