Esta tarde, junto à residência oficial do primeiro ministro, em São Bento, a CGTP vai promover uma concentração de trabalhadores e de utentes dos transportes públicos para exigir medidas de segurança. O protesto faz parte dos planos traçados para uma "semana de luta" que a central sindical organiza por todo o País e que não foram alterados, mesmo depois do anúncio das novas medidas de contenção da pandemia da Covid 19 na àrea metropolitana de Lisboa.
Ana Pires, dirigente da CGTP e responsável pelo pelouro da ação reivindicativa da central sindical, não vê motivos para um mudança de estratégia. "A actividade sindical, nem mesmo no estado de emergência, esteve suspensa", disse ao Expresso, acrescentando que "serão escrupulosamente cumpridas as regras de segurança e de proteção de todos os participantes" nas iniciativas de protesto.
Segundo apurou o Expresso, não houve contactos com as autoridades políticas ou de saúde sobre a forma de organização dos eventos num momento de pandemia.Uma atitude que contrasta com o que sucedeu na comemoração do 1º de maio, altura em que a CGTP se reuniu duas vezes com os ministros da Administração Interna e da Saúde para garantir que a ação sindical respeitava as normas de segurança e de proteção individual. E até o Presidente da República falou diretamente com a líder da Intersindical para apelar à contenção das comemorações, num momento em que o País vivia em estado de emergência por causa da Covid 19.
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