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Perfil. João Leão: o homem do cofre que perdeu a chave

Perfil. João Leão: o homem do cofre que perdeu a chave

O primeiro-ministro lançou-o para as Finanças no pior momento possível, debaixo da maior tempestade de sempre. No Governo, já se habituaram a ouvi-lo dizer “logo se vê” antes de o dinheiro entrar na sua “zona de retenção”. Será que vai ter o mesmo poder que Centeno?

João Leão está há seis meses sem chefe de gabinete, e isso, diz quem o conhece, quer dizer muito sobre quem é o novo ministro das Finanças: trabalhador e competente, mas com muita dificuldade em delegar. É este o novo coronel que subiu a general em plena crise económica provocada pela pandemia, quando António Costa, não querendo trocar generais em tempo de guerra, acabaria por deixar sair o seu peso-pesado, Mário Centeno, fazendo uma remodelação pelos mínimos. À beira de uma recessão sem precedentes — o Governo espera uma quebra da economia de 6,9% —, Leão recebe uma pesada herança financeira e política. A pergunta ecoa: terá o mesmo poder de Mário Centeno?

No Governo, as opiniões dividem-se. Se, por um lado, se lembra de que não há duas pessoas nem dois percursos iguais, diz-se que o Ministério das Finanças tem um poder “intrínseco” e que as circunstâncias vão ditar que Leão acabe por ganhar força. Prova de que António Costa quer que tudo fique na mesma foi que insistiu na palavra “continuidade” quando apresentou o novo ministro e que não o quis desgraduar, dando-lhe também o título de ministro de Estado. Se no papel o poder é o mesmo, Leão vai agora ter os seus primeiros testes e não terá vida fácil nem à direita nem à esquerda, a quem disse muitas vezes “não” nas inúmeras negociações que teve desde 2015.

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