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PCP. A sucessão ou a permanência de Jerónimo (atrás de uma cortina de ferro)

PCP. A sucessão ou a permanência de Jerónimo (atrás de uma cortina de ferro)

No tempo de Cunhal e Carvalhas, a seis meses do congresso já se percebia quem ia ser o sucessor. Hoje, ainda não é óbvio que haja um escolhido. Jerónimo pode ficar?

“Mas tu estás ótimo, pá.” Os camaradas tentavam descansá-lo, mas Álvaro Cunhal sabia que a idade avançada não aconselhava que deixasse a sucessão em aberto, sem preparar o futuro de um partido que só conhecia a sua liderança. Empenhado na escolha, criou um órgão extraordinário — o secretariado político permanente — para colocar frente a frente os homens que lhe poderiam suceder: Otávio Pato, Carlos Brito, Carlos Costa e Domingos Abrantes.

Corria o ano de 1990: o Muro de Berlim acabara de cair e os regimes comunistas do Leste ruíam como um dominó, mas aqueles eram os nomes que os membros do Comité Central, nas conversas com Cunhal, indicavam como candidatos a assumir a tarefa de suceder ao carismático secretário-geral (mas por causa das convulsões internas no PCP com o fim da União Soviética e a demora no processo, o escolhido não seria nenhum deles). Cunhal ia apontando as sugestões num “caderninho”, mentalizado para um processo que se arrastaria até à entronização, em 1992, de Carlos Carvalhas.

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