Política

“Eu não deserto”, diz Santana Lopes apesar de ter deixado as funções executivas no Aliança

“Eu não deserto”, diz Santana Lopes apesar de ter deixado as funções executivas no Aliança
Manuel de Almeida / Lusa

Santana Lopes nega estar a abandonar o partido que fundou. "É nos órgãos da Aliança que quero dizer o que penso e o que proponho de várias possibilidades organizativas para esta nova fase", diz o presidente em comunicado

“Eu não deserto”, diz Santana Lopes apesar de ter deixado as funções executivas no Aliança

Liliana Coelho

Jornalista

Mais de quinze dias depois de ter deixado as funções executivas no Aliança, Pedro Santana Lopes quebrou o silêncio sobre a sua decisão. "Disse sempre, e mantenho, que não deserto. Muito menos em alturas difíceis", garante o fundador do Aliança, em comunicado, após uma notícia do Expresso que dava conta do futuro incerto do partido.

Sublinhando os "tempos tão difíceis" da pandemia, Santana Lopes afirma que o Aliança nunca deixou de se reunir e divulgar posições e que recentemente anunciou que por "compromissos profissionais" não poderia permanecer todos os dias no partido.

"É nos órgãos da Aliança que quero dizer o que penso e o que proponho de várias possibilidades organizativas para esta nova fase. Já pedi para encontrarem um espaço onde o possamos fazer com segurança", acrescenta.

Santana Lopes recorda ainda que após o escasso resultado eleitoral nas legislativas, em outubro, comprometeu-se a ficar "na retaguarda" do partido e que numa reunião do Senado, em dezembro, sugeriu a convocação de um Congresso para discutir a liderança.

"A Aliança não é uma teimosia. É um projeto, um sonho. Não acreditem em especulações nem pensem que deixei de ser quem sou. (…) A Aliança existe e está viva. Eu acredito que será cada vez mais forte. O que cada um fará, dentro das suas possibilidades pessoais e profissionais, será decidido em conjunto", conclui.

No sábado, o Expresso avançou que estruturas do Aliança no distrito de Santarém se transferiram em bloco para o Chega, numa altura em que o partido fundado por Santana Lopes se encontra em estado comatoso, tal como descreveu Luís Cirilo, ex-diretor executivo do partido.

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