A vida mudou para todos, mas há uns menos iguais do que outros. Marcelo virou 180 graus - forçado a sair da rua, transformou Belém num muro de lamentações e já vai em 40 audiências. Na próxima semana, explicará a não renovação do estado de emergência, mas quem fala ao país é o primeiro-ministro. Gerir o regresso à normalidade compete ao Governo. Marcelo volta à rua em meados de maio
O país já foi devidamente avisado de que o tão falado regresso à normalidade não será um regresso à vida que tinhamos antes da pandemia e esta máxima, válida para todos, inclui o Presidente da República que fez da proximidade com as pessoas uma premissa política. O mundo mudou. E Marcelo que o diga.
O regresso do Presidente à rua está previsto para meados de maio mas Belém ainda não esclarece que tipo de agenda ou em que moldes irá Marcelo Rebelo de Sousa perspetivar a sua gradual saída do confinamento. Eis a questão: como reiventar a magistratura de proximidade que marcou o seu primeiro mandato e que a pandemia veio complicar.
Para já, estão previstas duas intervenções públicas do Presidente - o discurso de sábado nas comemorações do 25 de Abril que este ano abriram uma brecha na 'união nacional' com que oposição e poder têm vivido o ciclo pandémico; e a intervenção que fará na terça-feira, dia 28, quando após mais uma reunião com especialistas de saúde no Infarmed explicará as razões para o país poder, finalmente, sair do estado de emergência
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