Política

Albuquerque diz que não é boicote mas as sedes regionais do PSD não abrem na segunda volta

Albuquerque diz que não é boicote mas as sedes regionais do PSD não abrem na segunda volta
HOMEM DE GOUVEIA/LUSA

PSD/Madeira insiste que tem autonomia estatutária e mantém que o regulamento aprovado em Novembro no conselho nacional do partido não se aplica às regiões autónomas, até porque tem efeitos retroactivos e atinge militantes que pagaram as quotas muito antes

Marta Caires

Jornalista

Miguel Albuquerque diz que “não é boicote”, mas as sedes do PSD-Madeira não abrem para a segunda volta das eleições internas do partido. Colaborar com Lisboa seria uma “falta de respeito” perante os militantes. E ainda acrescenta que, nesta divergência, Alberto João Jardim é apenas um militante como qualquer outro.

“Vamos promover uma eleição para quê se os votos não são considerados? Seria uma humilhação para os nossos militantes. Nós não podemos colaborar numa situação destas de falta de respeito”, explicou o presidente dos sociais-democratas madeirenses no fim da reunião da comissão política regional, que decorreu esta terça-feira no Funchal. A questão, deixou claro, é de princípio.

A Madeira insiste que tem autonomia estatutária e mantém que o regulamento aprovado em Novembro no conselho nacional do partido não se aplica às regiões autónomas, até porque tem efeitos retroactivos e atinge militantes que pagaram as quotas muito antes, alguns logo no início de 2019. Embora Lisboa diga que apenas 104 estão em condições de votaram, a Madeira garante que são 2.300.

Ou todos têm direito a votar ou no sábado as sedes estarão encerradas. Se o protesto chegará ao Tribunal Constuticional e a um pedido de impugnação, Albuquerque diz que logo se verá e que analisará que diligências serão tomadas. “Não estamos contra ninguém, não queremos promover guerras dentro do PSD nacional, nem há nenhuma guerra entre a minha pessoa e seja quem for. O que existe é uma posição de princípio”.

Miguel Albuquerque sublinha que, na Madeira, os militantes e dirigentes “não são menos sérios” do que nas secções do partido no continente e, na primeira volta, houve adesão às eleições, votou-se livremente e não houve truques ou “chapeladas” como acusou Jardim, o ex-líder regional do PSD. “Isso não é verdade, não há chapeladas e, neste caso, o dr. Alberto João Jardim é um militante como outro qualquer”.

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