Política

Rio recusa fazer “oposição troglodita” e quer crescer nas autárquicas

Rio recusa fazer “oposição troglodita” e quer crescer nas autárquicas
Rui Duarte Silva

O líder do PSD insiste que o partido deve estar disponível para fazer reformas estruturais com o PS e apontou as eleições de 2021 como absolutamente vitais para os sociais-democratas.

Rui Rio não muda um milímetro e não serão os “artigos de opinião” ou a “oposição interna” que o farão mudar. A única forma de garantir que o país avança e melhora é fazer uma “oposição credível”, capaz de chegar a entendimentos “em nome do interesse nacional”.

No Fundão, onde decorre o II Congresso da Coesão Territorial organizado pela JSD, Rui Rio, Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz farão intervenções à vez sobre os projetos que defendem para o país. E o primeiro a ir a jogo foi o líder do partido. Perante os militantes, o presidente social-democrata definiu o tom do que é e será sempre a sua liderança. “Servimos o país na oposição e no poder. Não servimos só no poder. O país sofre com uma oposição troglodita”, sublinhou.

No entender de Rio, aliás, a única forma de o PSD chegar ao poder passa por “inspirar confiança” como principal partido da oposição. “Fazer uma oposição destrutiva dá cabo da credibilidade. Ou se inspira confiança ou se é uma coisa rasteira, sempre a dizer mal de tudo e de todos”, insistiu.

Sem nunca nomear os seus adversários, o recado era, implicitamente, para Luís Montenegro, que há muito que defende que o PSD deve ser mais vocal e assertivo nas críticas ao Governo socialista. “Temos de ter vontade, em nome do interesse nacional, de colaborar com os outros e de fazer reformas que ninguém é capaz de fazer sozinho. Os outros não fazem tudo mal, e nós não fazemos tudo bem. Os portugueses não esperam um combate de boxe”, reforçou.

Prioridade: crescer nas autárquicas

O líder do PSD aproveitou a sessão de esclarecimento para definir mais uma vez as autárquicas de 2021 como absoluta prioridade. “São as eleições mais relevantes, são elas que determinam a implantação real do partido no terreno”, disse.

Sem se comprometer com resultados ou objetivos concretos, Rio sublinhou que era precisa crescer em número de presidentes de câmara e de junta, mas também em número de mandatos autárquicos.

Na impossibilidade de recuperar algumas autarquias, Rio insistiu que era preciso crescer em percentagem de votos nos concelhos mais populosos como Lisboa, Porto, Gaia, Oeiras ou Sintra. “É absolutamente vital recuperar isto”, rematou.

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