Política

Moreira da Silva fora da corrida à liderança do PSD

Moreira da Silva fora da corrida à liderança do PSD
d.r.

O ex-ministro do Ambiente e antigo número dois de Pedro Passos Coelho decidiu manter-se por mais três anos como Diretor da Direção de Cooperação para o Desenvolvimento da OCDE, em Paris, abdicando de entrar na corrida à presidência social-democrata

Jorge Moreira da Silva, ex-ministro do Ambiente de Pedro Passos Coelho, não vai ser candidato à liderança do PSD. A garantia foi dada ao Expresso pelo próprio já depois de ter escrito na sua página de Facebook que continuaria como Diretor da Direção de Cooperação para o Desenvolvimento da OCDE, em Paris, e que ajudaria o partido apenas na qualidade de “militante de base do PSD”.

“Apesar de continuar a trabalhar em Paris, não prescindo de dar o meu contributo cívico enquanto militante de base do PSD e enquanto presidente do think-tank Plataforma para o Crescimento Sustentável que fundei em 2011, reunindo cerca de 500 pessoas de diversas áreas do conhecimento e de diversos quadrantes políticos em torno de uma visão pós-troika e do objetivo de libertar o potencial do crescimento sustentável de Portugal. Como diz o lema da OCDE, estou empenhado em promover ‘Better policies for better lives’” [melhores políticas, melhores vidas], escreveu Moreira da Silva.

O antigo líder da JSD nunca escondeu o desejo de avançar para a sucessão de Rui Rio e manteve o tabu durante largos meses. A 17 de outubro, no entanto, já dava sinais de recuo ao dizer, também ao Expresso, que só se candidataria se houvesse condições para “refundar” o partido. "Infelizmente pelo que vou vendo, nada de bom se pode augurar", explicava então.

É isso mesmo que agora reafirma ao Expresso. “Este [esse] meu post deve ser lido em conjunto com a minha declaração feita há umas semanas (dizendo que só faria sentido concorrer - e portanto abandonar a OCDE e o compromisso que tinha com a organização até 2022 - se sentisse que havia verdadeira abertura para uma refundação do partido)”. Moreira da Silva não sentiu e a corrida parece ser cada vez mais condenada a ser feita a três - Rui Rio, Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate