Novo Governo quer ir além da geringonça. Aumento do salário mínimo prometido por Costa é o maior de sempre em valor nominal
Subida para 750 euros prefigura um aumento de 25% na atual legislatura
Subida para 750 euros prefigura um aumento de 25% na atual legislatura
EXPRESSO
A subida do salário mínimo nacional para 750 euros, anunciada este sábado por António Costa durante o discurso de tomada de posse XXII Governo, constituirá, caso se concretize, um novo recorde nacional. Ainda que em termos meramente nominais, o aumento de 150 euros, a ser negociado em sede de concertação social, tornar-se-ia o maior aumento de sempre do salário mínimo numa legislatura.
Um crescimento que seria superior aos 95 euros alcançados nos últimos quatro anos, quando António Costa também era primeiro-ministro, mas nesse caso, com o apoio do PCP e BE na chamada geringonça.
O valor adiantado este sábado durante a tomada de posse é, porém, superior aos 700 euros que a CIP já tinha dado como bom, próximo daquele que é pedido pelo o Bloco de Esquerda mas, mesmo assim, ainda longe dos 850 euros que o PCP exigiu durante a campanha eleitoral.
Comparando com as anteriores, legislaturas, esses 150 euros seriam o maior valor, se cotejados com os 95 euros da geringonça, os 20 euros do governo liderado por Passos Coelho (2011-2015), os 35 euros de Sócrates em minoria (2009-2011), os 65,3 euros do seu primeiro governo em maioria, (2005-200) ou mesmo os 76,7 euros conseguidos na legislatura que teve enquanto primeiros-ministros Durão Barroso e Santana Lopes (2002-2005).
Porém, em termos relativos, a legislatura campeã no aumento do salário mínimo nacional é a do Governo AD, com Sá Carneiro e Francisco Pinto Balsemão, que entre 1979 e 1983 fez o valor pular 73%. Já o o primeiro governo liderado por Cavaco Silva em maioria, entre 1987 e 1991, conseguiu um aumento de 59% do salário mínimo nacional, acima dos 25% prometidos por António Costa este domingo.
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