Política

Aliança arrasa votação dos professores: "Hoje, a direita casou com a extrema esquerda"

Aliança arrasa votação dos professores: "Hoje, a direita casou com a extrema esquerda"
ANTÓNIO COTRIM / Lusa

“Não vale tudo”, acusa o partido de Santana Lopes, sobre a votação que nesta quinta-feira juntou PSD e CDS ao BE e ao PCP em defesa da contabilização de todo o tempo de serviço dos professores. Sem considerar ilegítima a expetativa dos docentes. a Aliança acusa PSD e CDS de terem cedido à “irresponsabilidade”

Aliança arrasa votação dos professores: "Hoje, a direita casou com a extrema esquerda"

Ângela Silva

Jornalista

"Os portugueses precisam de mais. Não vale tudo", conclui um comunicado da comissão executiva do partido Aliança, sobre a votação de quinta-feira à tarde no Parlamento em que a direita se uniu aos partidos à esquerda do PS para aprovar a contabilização de todo o tempo de serviço dos professores.

Num tom muito duro com o seu ex-partido, o PSD, e o seu parceiro natural, o CDS, o novo partido de Santana questiona a responsabilidade subjacente a "um acréscimo de oitocentos milhões de euros à despesa do Estado" e à "inexistência de qualquer plano de pagamento deste montante". E conclui que "em política não vale tudo, só porque o desespero eleitoral aperta".

"Esta direita, composta por PSD e CDS, manifestamente preocupada com os resultados eleitorais, resolveu contribuir para a irresponsabilidade, para seu total descrédito". Segue-se o soco final: "Hoje, a direita casou com a extrema esquerda" e "tornou Portugal refém da Frente de Esquerda".

Sem questionar a legitimidade das reivindicações dos professores que acusa o Governo de António Costa de ter alimentado, a Aliança acusa "a extrema esquerda de não ter qualquer problema em propôr o impossível" porque "para eles todos são ricos" e "bastará compensar "com um aumento de impostos às empresas" para compensar o acréscimo de despesa.

"Esta e a que corresponder à das demais classes que agora vierem legitimamente exigir o mesmo", acrescenta o partido de Santana. Já a antecipar o côro de reivindicações que outros grupos profissionais, como militares, juízes e forças de segurança, tenderão a colar à vitória dos professores.

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