Política

Carlos César “ansioso” pelo fim de mandato de Carlos Costa mas afasta exoneração

Carlos César no congresso do PS, a 26 de abril de 2018, na Batalha
Carlos César no congresso do PS, a 26 de abril de 2018, na Batalha
TIAGO MIRANDA

Presidente e líder parlamentar do PS acusa Carlos Costa de ter demonstrado “passividade” ao longo do seu mandato, mas não exige a exoneração do governador do Banco de Portugal

Carlos César teceu esta quarta-feira duras críticas a Carlos Costa, governador do Banco de Portugal. "Infelizmente o governador do Banco de Portugal teve sempre um desempenho marcado pela passividade. Todos, provavelmente até o próprio, anseiam por esse momento", afirmou o líder parlamentar socialista.

No espaço de comentário que partilha com David Justino, na TSF, o presidente do PS afastou, ainda assim, a hipótese de avançar com a exoneração do governador, alegando que estão a decorrer investigações à gestão de Carlos Costa em todo o dossiê "Caixa Geral de Depósitos. "Não podemos pôr o carro à frente dos bois. Pedir uma exoneração de A e B à menor das circunstâncias é ceder à política do espetáculo", argumentou Carlos César, numa crítica implícita à tomada de posição do Bloco de Esquerda.

Argumento semelhante ao de David Justino, vice-presidente do PSD. "Já não estamos no tempo dos julgamentos sumários, nem na praça pública", defendeu o social-democrata, afastando, por completo, um eventual pedido de exoneração do governador. "Não é desejável", repetiu.

Um eventual pedido de exoneração seria, em qualquer cenário, um processo exigente, que demoraria muito tempo até estar concretizado. Como o mandato do governador termina em 2020, não há qualquer vantagem política para o Governo em iniciar essa frente de batalha.

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