Política

Parlamento chumba meio milhão de euros em estudos sobre regionalização

João Cravinho, antigo ministro socialista das Obras Públicas
João Cravinho, antigo ministro socialista das Obras Públicas
Nuno Botelho

Comissão Independente para a Descentralização, presidida por João Cravinho, pretendia encomendar, por ajuste direto, estudos que, ao todo, somavam o valor de quase 500 mil euros. O mais caro era da autoria de Freitas do Amaral e Mário Aroso de Almeida e custava 135 mil euros

Parlamento chumba meio milhão de euros em estudos sobre regionalização

Filipe Santos Costa

Jornalista da secção Política

Eram cinco os estudos que a Comissão Independente para a Descentralização (CID), presidida por João Cravinho, pretendia encomendar, por ajuste direto, a um conjunto de "professores doutores altamente qualificados". E que, contas feitas, somariam 481.350 euros, um valor muito acima do que está orçamentado pela Assembleia da República (AR) para os trabalhos desta Comissão. Considerando o montante "excessivo", o Conselho de Administração do Parlamento pediu ao ex-ministro socialista que reavaliasse os custos, mas este negou-se a fazê-lo. A resposta da AR foi o chumbo maioritário da proposta.

A CID, criada pela própria AR para se debruçar sobre o tema da regionalização - há 20 anos chumbado em referendo - e representada por todos os partidos à exceção do PCP, tencionava encomendar diversos trabalhos, o principal dos quais da autoria de Diogo Freitas do Amaral e Mário Aroso de Almeida, que receberiam o pagamento de 135 mil euros.

Outros estudos pertenceriam a Cândido de Oliveira (19.500 euros), José da Silva Costa (36 mil euros) e João Bilhim (36 mil euros). A somar-se a esta lista, a Comissão planeava solicitar à OCDE uma análise comparativa dos modelos de organização infraestadual dos países membros, que custaria 180 mil euros.

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