Pedro Martins é cabeleireiro há 17 anos e dono da 'Hair Store' há quatro. Tem três salões na cidade da Maia e um novo a ser preparado em Matosinhos. Em meses normais, chegava a atender 2mil clientes. Em tempos de pandemia, foi forçado a parar mais de um mês e esta segunda-feira voltou ao trabalho, mas com grandes limitações. "Antes cada um dos meus colaboradores chegava a atender 12, 14 pessoas por dia. Aos sábados eram 16. Agora vamos atender 4 ou 5 no máximo", esclarece Pedro. Cada cabelo irá demorar muito mais tempo e cada cabeleireiro só poderá dedicar-se a uma cabeça de cada vez. As máscaras dos clientes não facilitam. Mas as regras são estas e são para cumprir: "antigamente um cliente deixava de ir a um cabeleireiro por não gostar de um corte de cabelo, agora pode deixar de ir por alguém tossir sem máscara". Pedro Martins acredita que a aposta passa pela higiene e segurança. "Esta é uma boa altura para fidelizar clientes", se sentir que está num local higienizado e seguro, "este poderá ser um marco importante na história da empresa".
Pedro cresceu num cabeleireiro e não se imagina noutra profissão. O estado de emergência provocado pela pandemia de covid-19 abalou a sua rotina, mas não o derrotou. "Os primeiros 15 dias custaram muito, mas agora quero investir mais, empregar mais gente, mostrar que a economia não pode parar."
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