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Que voz é esta?

“Há uma hipersexualização das pessoas. Espera-se que sejam muito sexuais e façam todas as práticas e de todas as maneiras”

“Há uma hipersexualização das pessoas. Espera-se que sejam muito sexuais e façam todas as práticas e de todas as maneiras”
José Fernandes

A saúde mental afeta a sexualidade e vice-versa, mas a relação entre estas duas áreas ainda não é clara para todas as pessoas. A "hipersexualização", a “pressão para o desempenho sexual” e os “discursos castigadores e punitivos” a respeito de determinadas preferências, fantasias, orientações e identidades de género têm impacto na saúde mental. Patrícia Pascoal, psicoterapeuta e coordenadora do Mestrado em Sexologia da Universidade Lusófona, e Sara Magano, psiquiatra e terapeuta sexual, são as convidadas do mais recente episódio do podcast "Que Voz é Esta?", desta vez dedicado ao tema da sexualidade e saúde mental

“Há uma hipersexualização das pessoas. Espera-se que sejam muito sexuais e façam todas as práticas e de todas as maneiras”

Helena Bento

Jornalista

“Há uma hipersexualização das pessoas. Espera-se que sejam muito sexuais e façam todas as práticas e de todas as maneiras”

Salomé Rita

Sonoplasta

Há uma forte ligação entre a saúde mental e a sexualidade, áreas que se influenciam uma à outra, mas esta relação ainda não é clara para todas as pessoas e nem sempre é explorada devidamente pelos próprios profissionais de saúde. O stress, a ansiedade e as perturbações do sono, bem como a depressão, as doenças do comportamento alimentar, a esquizofrenia e outras patologias mentais graves podem afetar a sexualidade. Por outro lado, pessoas com determinadas preferências, fantasias, orientações e identidades de género, sobre as quais recaem “discursos castigadores e punitivos da sua vivência sexual”, são particularmente vulneráveis ao aparecimento de sintomas de mal-estar psicológico ou mesmo doença mental.

"A sexualidade afeta a saúde mental e a saúde mental afeta a sexualidade. Se ando muito preocupada, ansiosa, a dormir mal ou com ataques de pânico, se tenho dificuldades em estar com outras pessoas e tendo a isolar-me, tudo isso irá refletir-se na minha sexualidade, desde logo pela falta de vontade de a explorar", sublinha Patrícia Pascoal, psicoterapeuta, coordenadora do Mestrado em Sexologia da Universidade Lusófona e ex-presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, e convidada do mais recente episódio do podcast "Que Voz é Esta?", desta vez dedicado à sexualidade.

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