O Mundo a Seus Pés

Líder do Hezbollah morre em ataque de Israel. A guerra total vai voltar ao Líbano?

A retaliação vai acontecer. Com que alcance e com que força ainda não sabemos. Israel lançou um forte bombardeamento sobre a sede da milícia libanesa Hezbollah e uma das vítimas é Hassan Nasrallah, o líder do movimento há mais de 30 anos. Neste podcast não analisamos diretamente a morte de Nasrallah, que ainda não tinha acontecido quando gravámos este episódio, mas exploramos a história entre Israel e o Hezbollah, as razões por detrás do nascimento desta milícia poderosa, e também as possibilidades de uma terceira invasão do Líbano

Líder do Hezbollah morre em ataque de Israel. A guerra total vai voltar ao Líbano?

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Líder do Hezbollah morre em ataque de Israel. A guerra total vai voltar ao Líbano?

João Martins

Sonoplastia

Líder do Hezbollah morre em ataque de Israel. A guerra total vai voltar ao Líbano?

Salomé Rita

Sonoplasta

O líder da milícia libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto num ataque de Israel aos subúrbios de Beirute, onde a sede do grupo estava localizada. Há mais de 30 anos que liderava o movimento, considerado terrorista em vários países ocidentais, e a sua morte vai, de certo, provocar uma retaliação forte sobre Israel.

Nasrallah era um principais nomes do chamado “eixo da resistência”, um grupo informal de países e exércitos paramilitares que se declararam inimigos de Israel. À cabeça deste movimento está o Irão, mas fazem também parte dele o Hezbollah, o Hamas, algumas milícias iraquianas e sírias e também os houthis do Iémen.

As tensões entre Israel e a milícia estão a atingir um ponto de ebulição e, como em Gaza, quem sofre mais são civis. Desde o início da semana, mais de 500 pessoas morreram no Líbano, de longe a conta mais elevada desde a guerra civil (1875-1990). Os fortes ataques de Israel aos subúrbios de Beirute, onde se concentram os bairros xiitas e aos sul do país, onde o Hezbollah concentra a maioria das suas forças, têm provocado um êxodo populacional muito significativo e pelo menos meio milhão de pessoas, segundo os últimos números da CNN, estarão já deslocadas de suas casas.

Enquanto tudo isto acontece, França, Estados Unidos e vários países árabes tentam evitar uma escalada e pedem uma trégua de 21 dias. Mas Jordânia e Egito não quiseram juntar-se a este grupo, por acreditarem que Gaza tem de estar no centro de qualquer negociação e não se pode tentar acalmar este foco de conflito enquanto em Gaza continuam a morrer palestinianos.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, não parece desejar qualquer acordo, nem num cenário, nem no outro. Neste podcasts vamos tentar entender porquê, além de explorarmos a história do Hezbollah e a sua importância militar na zona.

Ao ao contrário do que é habitual, não temos convidados externos, mas sim duas jornalistas da casa, a Salomé Fernandes e a Catarina Maldonado Vasconcelos que, na última edição do semanário, assinaram um artigo sobre tudo isto. Eu sou a Ana França, jornalista de Internacional do Expresso e também assino esse artigo com elas. Hoje, aos comandos da sonoplastia está a Salomé Rita e João Martins.


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Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: afranca@impresa.pt

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