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Eleições americanas 2024

Sem a pressão da reeleição, o que pode Biden fazer para resolver Gaza no tempo que lhe resta? E Netanyahu, ainda está a ouvir?

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o Presidente dos EUA, Joe Biden
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o Presidente dos EUA, Joe Biden
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Não seria a primeira vez que um Presidente norte-americano, liberto da obrigatoriedade de vencer um novo mandato, optaria por destinar toda a sua atenção a um problema cuja resolução lhe tivesse escapado durante o “tempo regular”. Bill Clinton também tentou, sem sucesso, resolver o problema israelo-palestiniano e George W. Bush promulgou uma lei de salvamento do sector dos serviços financeiros no valor de 700 mil milhões de dólares. Joe Biden não vai tentar a reeleição, mas vai tentar deixar um legado

Sem a pressão da reeleição, o que pode Biden fazer para resolver Gaza no tempo que lhe resta? E Netanyahu, ainda está a ouvir?

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Joe Biden retirou-se da corrida à Casa Branca atravessando uma longa e confortável passadeira de elogios ao seu tempo como Presidente. No geral, foi descrito como “decente”, “justo”, “altruísta”. Mas há pelo menos uma parte do mundo que olha para estas derradeiras loas com perplexidade: a Palestina, cujos representantes, mesmo os residentes nos Estados Unidos, ou até especialmente esses, não têm exatamente a mesma opinião.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chegou aos Estados Unidos menos de 24 horas após o anúncio do fim da candidatura de Biden, logo na segunda-feira, e vai ficar a semana toda. Deve encontrar-se com Biden, com a sua vice-Presidente e muito provável sucessora à nomeação democrata, Kamala Harris, e com diversas instituições e associações judaicas, tal como famílias de reféns. Vai falar pela quarta vez no Congresso, ultrapassando o número de intervenções de Winston Churchill.

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