Há cada vez mais bebés russos a nascer na Argentina desde que a guerra da Ucrânia começou. Mas porquê?
As sanções impostas pela União Europeia a cidadãos russos desde o início da guerra da Ucrânia levam muitos russos a procurarem outros países para escapar à mobilização de Putin e criar os filhos em segurança. Neste episódio do podcast O Mundo a Seus Pés recebemos dois convidados que nos ajudam a perceber porque é que a Argentina é o “El Dorado“ das grávidas russas: o correspondente do Expresso em Buenos Aires, Márcio Resende, e o politólogo argentino Andrés Malamud, neto de um avô nascido em Kiev
Turismo obstétrico: anúncio escrito em russo em que o pinguim argentino 'imita' a cegonha das histórias tradicionais
D.R.
Polina, uma empresária de marketing digital russa de 33 anos, tinha o sonho de ser turista na Argentina para ver baleias e pinguins. Quando a guerra da Ucrânia começou percebeu que este país da América Latina acolhe bem os estrangeiros e não exige visto de entrada aos cidadãos russos, a quem muitos países fecharam a porta. Como se isso não fosse suficiente para atrair os russos que querem viver em liberdade, a Argentina garante cidadania imediata a todas as crianças que nascem no país.
Polina também percebeu que Buenos Aires é uma boa cidade para criar o filho.Acompanhada pelo marido, saiu da Rússia antes que fosse tarde demais e Vladimir Putin decretasse a mobilização geral, como aconteceu setembro do ano passado.
Para comentar este fenómeno ‘batizado’ como turismo obstétrico, e as mais recentes declarações do ex-Presidente russo Dimitri Medvedev sobre as ilhas Malvinas temos connosco o correspondente do Expresso em Buenos Aires, Márcio Resende, e o investigador em Ciência Política, Andrés Malamud.
O Mundo a Seus Pés é um programa semanal da editoria internacional do Expresso. A condução do programa é rotativa entre os jornalistas Cristina Peres, Pedro Cordeiro, Manuela Goucha Soares e Ana França.
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes