Liberdade para Pensar

1977: o ano da Coca-Cola e do FMI, ao som da Guerra das Estrelas

No 9º episódio do Liberdade Para Pensar falamos de 1977, o ano em que a Coca Cola foi finalmente autorizada em Portugal e o FMI aterrou pela primeira vez em Lisboa. Cristina Figueiredo modera uma conversa que vai da globalização ao alojamento local, passando pela nossa crónica dependência do exterior, com os colunistas do Expresso Miguel Monjardino e Luís Aguiar Conraria e a vereadora para a Habitação da Câmara Municipal de Lisboa Filipa Roseta

Em janeiro de 1977, o Governo liderado por Mário Soares acabou com uma bizarra proibição de 50 anos e autorizou finalmente a distribuição da Coca Cola no território continental. Três anos depois da Revolução, Portugal abria as portas ao mundo, assim simbolizado numa garrafa de refrigerante que o anterior regime associava a uma ideia de modernidade que em nada lhe agradava.

No final de março, enquanto formaliza o pedido de adesão à então CEE, Soares desdobra-se em contatos internacionais para conseguir crédito com que fazer face à iminente bancarrota. Em 1977, como agora, a crise não dá tréguas: a inflação não pára de crescer (chega a ser superior a 20%), o desemprego está acima dos 7%, os juros para o crédito ao consumo chegam aos 27%, os do crédito à habitação são subsidiados por forma a não subirem acima dos 15%, o escudo não pára de desvalorizar. E é neste contexto que o FMI chega a Portugal, para a primeira de várias intervenções.

Com exceção de maio, mês da estreia do primeiro episódio da saga Star Wars, foi um ano triste para as artes: Elvis, o "rei do rock and roll", morreu a 16 de agosto, com apenas 42 anos. Precisamente um mês depois, a 16 de setembro, morre a diva Maria Callas, aos 53 anos. E a 25 de dezembro é Charlie Chaplin, com 88 anos.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: CFigueiredo@sic.impresa.pt

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