A força das palavras cruzadas nos jornais, o papel da mulher na sociedade e o futuro do papel. Oiça a conversa com Mercedes Balsemão
Neste episódio de As Mulheres Não Existem, Carla Quevedo e Matilde Torres Pereira conversam com Mercedes Balsemão, colaboradora número um do Expresso, que assina como Marcos Cruz, autor das palavras cruzadas do semanário. Para além de Marcos Cruz, Mercedes Balsemão é também romancista, mãe e avó
Autora de palavras cruzadas, romancista, mãe e avó, Mercedes Balsemão (conhecida por Marcos Cruz no Expresso) foi a primeira colaboradora do jornal e lembra-se bem da festa de seis meses de publicação semanal. Quando se “candidatou” ao cargo de Marcos Cruz não imaginava ficar tanto tempo no posto. Numa altura em que “toda a gente tinha pseudónimos - o Fernando Ulrich, o Marcelo Rebelo de Sousa“ nem lhe passou pela cabeça assinar com nome de senhora. 50 anos depois, constata, calmamente, que não acredita - se é que alguma vez acreditou - em sentenças de morte ao papel.
Nuno Fox
Em conversa com Carla Quevedo e Matilde Torres Pereira, a “rainha-mãe” do grupo Impresa conta que sempre gostou de jogos e recorda o tempo das viagens de autocarro em que se seguia, de lápis na mão, com o jornal dobrado em quatro. Hoje parece que há aplicações para isso, mas não é a mesma coisa… Neste episódio de As Mulheres Não Existem, ficámos a saber uma curiosidade: foi Mercedes Balsemão a responsável por trazer para o país a primeira versão portuguesa do Trivial Pursuit.
Nuno Fox
A convidada desta semana, com ascendência espanhola “dos dois lados”, trouxe um mergulho na história de Portugal com vários capítulos e significativos cruzamentos de fronteira: desde a aia galega Inês de Castro até Isabel, a infanta que veio de Portugal para ser imperatriz e regente de Castela, as monarcas portuguesas serviram de pano de fundo a uma conversa onde o seu próprio papel na história mais recente do país se foi evidenciando nas entrelinhas.
A “desarrumação” de Marie Kondo também foi assunto, tal como os muitos nomes da escritora George Eliot. Houve ainda espaço para as habituais recomendações: uma visita ao Mosteiro de Alcobaça e um recém-editado livro de contos de Virgínia Woolf, A Casa Assombrada.
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