As estatísticas de 2020 parecem revelar uma diminuição dos casos, mas este não será necessariamente um sinal positivo, mas poderá ser, sim, fruto de um menor número de sinalizações, devido ao confinamento e à proximidade entre vítimas e agressores. Até porque, se diminuíram os casos registados, aumentaram muito as situações de pornografia envolvendo crianças, devido ao aumento do tempo passado em frente aos ecrãs.
Para conversar sobre este tema muito relevante, convidámos o diretor-geral adjunto da Polícia Judiciária, Carlos Farinha que há anos trabalha na investigação e no combate a estas situações. Doutorado em Ciências Criminais na Universidade de Coimbra, foi diretor do Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária e, desde 2018, é diretor nacional adjunto da PJ.
Neste episódio, Carlos Farinha explica que uma criança que passa por uma situação de abuso não pode ser considerada a culpada, que a maior parte das denúncias registadas são verídicas e alerta para a necessidade de se dar mais formação aos profissionais que trabalham com estes casos. Avança ainda com a possibilidade de o Centro Europeu de Prevenção do Abuso e da Exploração Sexuais e Crianças ficar localizado em Lisboa. A decisão é aguardada para breve.
Este episódio contou também e como sempre com a participação ainda da jurista Odete Severino Soares e da psicóloga Rute Agulhas. O debate foi guiado e moderado pela jornalista Christiana Martins, com sonoplastia de João Luís Amorim. A cada 15 dias, voltamos com um novo tema e com a participação de especialistas e crianças e jovens.
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