A privacidade é um valor que não pode ser alienado de forma irrefletida. Um princípio a ter em conta sob pena de arrependimentos futuros, quando já não for possível voltar atrás. De acordo com artigo 16º da Convenção sobre os Direitos das Crianças, é necessário garantir a proteção da vida privada das crianças. Brinquedos, dispositivos de segurança, informações de saúde, a pegada digital de todos é um mundo que nos ultrapassa e faz parte de um tema em que todos somos aprendizes. Que cuidados devemos ter para minimizar os riscos e as consequências nefastas de partilhas irrefletidas?
Neste episódio do "As Crianças Importam" apresentámos várias situações que podem gerar partilha de informações privadas sem que nem mesmo haja consciência do que se está a passar. Num presente em que os suportes digitais são cada vez mais banalizados e em que muitas vezes as crianças têm mais capacidades do que os próprios pais, há cuidados a ter e ponderações a fazer. Segundo a Unicef, 71% dos conectados em todo o mundo são jovens entre os 15 e os 24 anos. E, na União Europeia, 94% dos jovens utilizam a Internet diariamente, em comparação com 77% da população em geral. É toda uma geração que nasce de olhos postos em ecrãs.
Com a participação da jurista Odete Severino Soares e da psicóloga Rute Agulhas, conversámos com o especialista Tito de Morais, fundador do projeto MiudosSegurosNa.Net, uma iniciativa que há quase duas décadas ajuda famílias, escolas e toda a comunidade a promover uma utilização ética, responsável e segura das tecnologias de informação e comunicação. Conversámos ainda com João Rêgo, um jovem açoriano de 17 anos, também ele criador, com um amigo, de uma rede social educativa, a Grades Up, que ajuda jovens do 7º ao 12º anos a estudar. O debate foi moderado pela jornalista Christiana Martins e a sonoplastia é de João Luís Amorim. A cada 15 dias, voltamos com um novo tema e com a participação de especialistas e crianças e jovens.
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