Os veículos autónomos já existem e poderão estar entre nós na próxima década. Mas o fim dos carros com condutor ainda está longe. Mais depressa virá a condução conectada com a estrada e mais urgente será apostar na mobilidade partilhada. No 47.º aniversário do Expresso, a Revista dedica uma edição especial à década que aí vem — e com uma versão áudio
Quando chega ao seu trabalho, o carro segue viagem, e só tem de lhe dizer a que horas é que ele tem de estar de volta e com quanta bateria. Já não precisa de o estacionar, como fazia em 2020, quando havia mais de 5 milhões de carros em Portugal, um por cada duas pessoas, e quase todos passavam 22 horas por dia parados e sem uso. Os parquímetros tentavam então que os carros não engolissem as cidades: para uns eram uma dor de cabeça, para outros uma brutal fonte de receitas. Agora, passados todos estes anos, muitos desses lugares de estacionamento foram substituídos por jardins, ciclovias ou passeios mais largos e há cada vez mais pessoas a preferirem partilhar em vez de comprar carro. Com menos trânsito e mais espaço livre, as cidades até parecem maiores.
Há quem acredite que os primeiros sinais deste futuro vão surgir já na próxima década e há quem prefira atirar esta realidade lá mais para o meio do século. A verdade é que alguns especialistas em transportes e mobilidade admitem que nos próximos anos já possa haver carros totalmente autónomos a circular em Portugal, mais provavelmente em autoestradas do que no meio das cidades. Mas serão precisos muito mais do que 10 anos para que todos os veículos deixem de ter condutor. Por isso, acredita-se que ainda está para nascer o último português a tirar a carta de condução.
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