O que levou à “Noite Sangrenta” de 1921 e ao assassinato do primeiro-ministro António Granjo?
Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram o historiador João Miguel Almeida, autor do livro “A noite mais sangrenta”, para conversar sobre um dos episódios mais sombrios da História de Portugal: a “noite sangrenta” de 19 de outubro de 1921. Oiça o podcast A História Repete-se
Na manhã desse dia, sete mil elementos da Guarda Nacional Republicana comandados pelo coronel Manuel Maria Coelho ocuparam posições na Rotunda, no Parque Eduardo VII e no Terreiro do Paço. Os revoltosos tinham como principal objectivo forçar a demissão do primeiro-ministro António Granjo, um republicano moderado, e inverter a recente relação de forças entre o partido democrático, hegemónico até então, excepto durante o mandato presidencial de Sidónio Pais, e o Partido Liberal Republicano. Em paralelo com a revolução militar, iniciou-se um movimento de carácter difuso, composto por militares e civis, que procurou ajustar contas com o “sidonismo”.
Na noite de 19 de outubro, uma “camioneta fantasma” conduzida pelo cabo Abel Olímpio, conhecido por “dente de ouro”, andou pelas ruas de Lisboa a prender e matar de forma sumária e indiscriminada. Entre as vitimas, estavam o primeiro-ministro António Granjo, bem como dois dos principais protagonistas do 5 de Outubro, Machado dos Santos e José Carlos da Maia.
Um diálogo descontraído em torno da História, dos seus maiores personagens e acontecimentos. 'A História repete-se' não é uma aula, mas quer suscitar curiosidade pelo passado e construir pontes com o presente. Todas as semanas Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho partem de um ponto que pode levar a muitos outros... São assim as boas conversas. Oiça aqui outros episódios: