Depois de ter cedido em praticamente toda a linha no IRS Jovem, usando o modelo desenhado por António Costa e as 'melhorias' propostas por Pedro Nuno Santos no seu programa eleitoral, o Governo encontrou também uma forma de, no seu entender, não pisar a linha vermelha do PS no que ao IRC diz respeito: aceitou passar de 2 para 1 ponto percentual a taxa transversal do imposto sobre as empresas em 2025 e retirou da proposta de Orçamento do Estado qualquer referência ao compromisso de continuar a trajetória de redução no horizonte da legislatura. “A divergência mantém-se, mas haverá oportunidade em 2026, e em 2027 para discutir essa questão”, disse esta quarta-feira o ministro da Presidência, António Leitão Amaro. Não é certo que esta omissão seja suficiente, uma vez que a proposta socialista era a de aceitar a descida do IRC em 1 ponto, desde que houvesse um compromisso por parte do executivo que não iria descer nos anos seguintes. Essa porta, o Governo não fecha.
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