Manuel Ennes Ferreira

Quo vadis universidade angolana

Subir nos rankings é entrar numa maratona onde intenções não são sinónimo de qualidade

Há duas semanas, foi aberto oficialmente o ano letivo do ensino superior. Os desafios que se colocam a Angola para alcançar um nível minimamente desejável são tarefa meritória e motivadora. Em janeiro de 2018, em Luanda, o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação indicou que as instituições universitárias não constavam em nenhum ranking académico internacional conceituado, apenas nos rankings internacionais não académicos. Antes, a 16 de outubro de 2017, João Lourenço, sobre o estado da nação, declarou que “a meta é, nos próximos anos, ter pelo menos duas universidades entre as cem melhores do nosso continente”. Um ano mais tarde, a 16 de novembro de 2018, no Campus Universitário da Universidade Agostinho Neto afirmou que “(o desafio) num futuro que se quer não muito longínquo, (é) colocarmos uma das universidades angolanas no ranking das 10 melhores do nosso continente”. Num ano a parada subiu sem que se descortine alteração nas questões estruturais que condicionam a qualidade do ensino superior, o que remete para um exercício de wishful thinking.

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