Os apoios fiscais à "renda moderada" de 2300 euros, pagos por quem tem salários muito mais baixos do que isso, resultam da bolha social (2% dos contribuintes) onde vivem estes governantes, como se viu na proposta inicial de IRS Jovem. O problema é que serão esses os patamares para onde senhorios e promotores privados farão convergir os preços, porque recebem apoio na mesma. Corresponde, na prática, ao fim da renda acessível
O maior problema da "renda moderada" nem são os patamares imorais para onde o governo direciona os apoios fiscais, que serão pagos por quem tem salários muito mais baixos do que essas rendas. Isso resulta da bolha social onde vivem os governantes e dirigentes da AD, e do segmento social para quem governam, como se viu na proposta inicial de IRS Jovem. A questão central é a forma como o governo matou o conceito de “renda acessível”, agora alargado a uma “renda moderada” que vai até aos 2300 euros por mês. Não é uma simples mudança de léxico, mas de filosofia política e de públicos para quem são canalizados os recursos de todos.
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