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Opinião

Vítima não é herói

O assassínio de Kirk não é encarado como mais um triste episódio de violência política nos EUA, onde 76% foram vítimas da extrema-direita. É uma oportunidade para repetir um guião: semear a violência e a desordem para, quando as sociedades se entregam a esta bebedeira, impor a ordem autoritária

Uma morte é uma morte, e a violência política é sempre um ataque à democracia, mesmo quando a vítima é inimiga da democracia. Isso não permite erguer uma estátua a Charlie Kirk. Porque uma vítima não é obrigatoriamente um herói. Kirk não era um ativista conservador, como tenho lido por aí. Defendia a teoria da “grande substituição”, que os negros viviam melhor quando eram escravos, que as execuções deveriam ser televisionadas, patrocinadas e vistas por menores, que a pena de morte devia ser aplicada a alguns opositores de Trump e que as mortes de crianças em tiroteios escolares eram um custo aceitável de “direitos dados por Deus”.

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