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Opinião

Uma capitulação existencial

Trump conseguiu aumentar as tarifas, aumentar a venda de armas, cimentar a dependência estratégica da Europa e minar a Defesa das democracias europeias e do seu modelo social. Sem nada em troca. A capitulação europeia não foi comercial. Foi existencial

Ursula von der Leyen reforçou-se no cargo em dois momentos: na resposta concertada da União Europeia (UE) na aquisição de vacinas para a pandemia e quando se manteve de pé enquanto Erdoğan e Charles Michel ocupavam as duas cadeiras disponíveis. Num mostrou uma vantagem da União, noutro o poder do simbolismo. Tudo o que faltou esta semana, quando se deslocou ao campo de golfe de Trump na Escócia, esperou que ele e o filho acabassem de jogar e, depois de acordar uma capitulação, levantou o polegar, participando na fanfarronice de Trump. Provou-se que a União é “um gigante económico e um anão político”, como disse um antigo responsável da Comissão. A força europeia, com 450 milhões de habitantes e o segundo maior bloco económico do planeta, foi um dos argumentos contra o ‘Brexit’. Trump vai cobrar 10% às empresas britânicas, 15% às da União. O ­maior banco privado alemão prevê uma diminuição de 25% das exportações europeias para os EUA.

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