Esta semana, na IV Conferência Internacional sobre o Financiamento do Desenvolvimento, os delegados apelam a uma ação urgente para corrigir um sistema que deixou de funcionar. Antes da terceira conferência, há uma década, na Etiópia, tínhamos assistido a avanços sem precedentes na redução da pobreza, no aumento das matrículas escolares e no fornecimento de água potável em todo o mundo. No entanto, hoje em dia, os progressos não só estão a abrandar, como podem estagnar – ou, pior ainda, retroceder.
Prevê-se que este ano o crescimento global abrande para a sua taxa mais baixa (fora de períodos de crise) desde 2008. As perspetivas são especialmente problemáticas para os países em desenvolvimento, que já estão a crescer muito abaixo das médias históricas – e para os 35 países, sobretudo em África, que já se encontram em situação de sobreendividamento ou que correm um risco elevado de o contrair. Um em cada três países gasta, atualmente, mais com o pagamento aos credores do que com a saúde ou a educação.
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