Pedro Nuno Santos foi vítima da pesada herança do agora europeizado Costa, sendo este, na minha opinião, o grande derrotado da noite eleitoral
Depois do apagão elétrico de 28 de abril, tivemos a 18 de maio o apagão político da esquerda. Os grandes vencedores foram Luís Montenegro, que se viu legitimado como primeiro-ministro, e André Ventura, que continua a sua rota ascendente. Há um ano, aqui no artigo “O PRD e o Chega”, eu dizia que o Chega, ao contrário do PRD, tinha vindo para ficar, e agora começa-se a perceber que poderá vir a ameaçar o PSD, caso o Governo da AD falhe. Permitam-me uma comparação: na Argentina, um moderado Macri falhou e depois uma população desesperada elegeu Milei com a sua motosserra... goste-se ou não do Chega, graças a ele as questões da insegurança e da caótica imigração estão na ordem do dia. Honra lhes seja feita, houve autarcas do PS, como Ricardo Leão, que tinham sentido estes problemas no terreno, mas, quando corajosamente o disseram, foram ignorados pela nobreza socialista a viver na bolha mediática. Espero bem que o Governo da AD não tenha complexos de esquerda e faça nestes assuntos com coragem o que tem de ser feito.
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