Exclusivo

Opinião

Um programa clarificador

As novidades do programa de governo correspondem a uma viragem à direita, numa extensão inédita. É normal. O país virou à direita, o Governo vira com ele. Mas tem de ser coerente. Não faz sentido fazer mudanças estruturais com o Chega e a IL e ter os OE aprovados pelo PS

Um programa eleitoral é o que um partido faria se governasse sem condicionalismos políticos. Quando não tem maioria, a diferença entre o desejo e o possível nota-se logo no programa de governo. Foi o que aconteceu com a ‘geringonça’, onde Costa acabou por apresentar um programa de governo mais à esquerda do que queria. Porque dependia do BE e do PCP. Olhando para a nova composição do Parlamento, Montenegro acrescentou medidas. Não me refiro às 80 que foi pescar aos programas dos outros, um exercício mediático sonso, mas às novidades que tornaram o programa consistentemente mais à direita, numa extensão inédita. É normal. Se o país virou à direita, o Governo vira com ele. Mas tem de ser coerente: se vira à direita, fala com a direita. O que não faz sentido é fazer as mudanças estruturais com o Chega e a IL e ter os Orçamentos aprovados pelo PS.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: danieloliveira.lx@gmail.com

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate