Reduzir o Chega ao epíteto antidemocrata, ostracizando-o, é um erro: insistir no “consenso moderado” excludente (numa “aliança” AD+PS), ignora um elemento essencial da democracia, que é a dissensão
Os extremistas do Chega são o demónio, os moderados do PS, os anjos”: eis, a síntese da síntese, ouvindo o statu quo. A demonização e a beatificação na política olha a pouco mais do que a preconceitos. Não desprezo os preconceitos: vivem da memória. O problema é que também atropelam a memória. A psicologia das organizações usa o efeito de Halo e de Horn, para descrever alguém que tendo tido um desempenho notável (bom ou mau) fica, “para sempre”, marcado por ele: Halo (de santidade), se bom; Horn (de diabólico), se mau.
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