O PS, em vez de falar para os jovens, falou como imagina que os jovens falam. Em vez de os interpelar como cidadãos, tratou-os como um segmento de marketing. Vídeos, bandas desenhadas, frases formatadas para o Instagram — uma gramática pueril, assente na suposição de que a juventude não lê, não pensa, não repara. A campanha dirigiu-se à geração mais qualificada da história do país como se fosse um bloco de crianças entediadas à espera de distração
A campanha eleitoral termina como começou: com pose, ruído e disfarce. Vimos motas, vóleibol de praia, cervejas engolidas à pressão, palmas pedidas em palco e erros factuais evitáveis — mas nenhuma ideia com consequências. Nada que dispute a substância. Nada que comprometa um futuro. A campanha não serviu para clarificar escolhas. Serviu para disfarçar a ausência.
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