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Opinião

A campanha de um farol “normal”

“Não fiz nem mais nem menos do que faz qualquer português”, defendeu-se Montenegro. O oposto de um “farol”. A degradação da mensagem ética tende a levar à degradação da mensagem política e à desconsideração intelectual pelos eleitores. Numa campanha que se transformou num concurso para saber quem é o candidato mais cool, a dele começou no Conselho de Ministros do Bolhão e fez o bingo quando convocou as televisões para a encenação de um encontro “pessoal” com a sua mulher, em peregrinação a Fátima

Houve um tempo em que os líderes queriam parecer extraordinários. Alimentavam a distância que lhes oferecia gravitas. Porque era por serem extraordinários que lideravam. De Álvaro Cunhal a Cavaco Silva, era esse o padrão. Mesmo os que cultivavam a informalidade e a proximidade, como Mário Soares, nunca apareciam como um entre iguais.

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